sábado, 12 de setembro de 2009

São Paulo a Noite


Perambulando pelas ruas
Vi tantas cenas absurdas,
Calçadas repletas de pessoas
Vivendo na amargura.

Moradores de rua
Sem teto, sem comida.
Se cobrindo com jornais
Em uma famosa avenida.

Idosos puxando carroças
Crianças cheirando cola
No semáforo duas garotinhas
Pedindo esmola.

Outras ruas que passei
Garotos pinchando muros
Mulheres se prostituindo
A lua é testemunha.

Os bares estavam lotados
Desfile de carros blindados
Era sexta-feira à noite
No centro da cidade.

Perambulando pelas ruas
Fitei um monte de coisas
Monumentos importantes
Belezas arquitetônicas.

Vi o contraste social
A tristeza estampada
Na face das pessoas
Deitadas nas calçadas.

E às vezes me pergunto
Por que tanta injustiça?
Por que tantas pessoas
Vivem em situação de rua?

Onde estão os governantes?
Políticos que tanto prometem,
Entra ano e sai ano
E as cenas se repetem.

Fuzzil