domingo, 6 de março de 2016

POESIA DE FUZZIL

INVISÍVEL
Vi quando ele chegou
A noite estava fria...
Deitou-se no chão
Com a barriga vazia.
Escanifrado, fraco
Mal aguentava seu corpo
Eu de longe observava
A situação daquele moço.

As pessoas que passavam
Desviavam os olhares...
Era um homem invisível
No centro da cidade.
O barulho, o caos.
Não lhe causava incômodo
A sinfonia da noite
Simplesmente o estômago.

Quem dera um prato quente
Na quela noite tão fria...
Pra saciar a fome
Encher a barriga vazia.
Vi quando ele chegou
E ali foi se deitando
Este homem invisível 
Também e um ser humano.

Podia ser meu mano
Meu pai, um irmão
Mas o homem invisível
Era um mendigo em Solidão.

Fuzzil

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