sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Malandro


Lá vem o malandro
Todo engomado
Blusão de linho
Sapato engraxado.

De cabelo Black
O malandro esnoba
Pelas ruas do gueto
Na mão a viola.

Com uma voz rouca
Quase abafada
O malandro cantava
Um samba pra amada.

Estilo galã
Um nego bem posto
Nas ruas as pessoas
Olhavam com gosto.

Navalha no bolso
Pra não perder o costume
Malandro que é malandro
Não dorme no barulho.

Na roda dos bambas
Sempre bem respeitado
Sabe entrar e sair
Em vários lugares.

O malandro é chic
Também mulherengo
Sempre bem perfumado
Nas ruas do centro.

Aonde ele chega
Levanta a poeira
O malandro tem estilo
E não marca bobeira.

Fuzzil

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