quinta-feira, 3 de maio de 2012

Na calada da noite.

Vim caminhando sozinho
Pelas ruas escuras
Altas horas da noite
Nem uma alma na rua.

Confesso que tive medo
A noite estava sinistra
Vinha eu no meu gingado
Da casa de uma pretinha.

Passando em uma viela
Tomei um susto danado
Assustei-me com o cachorro
Que se assustou com um gato.

Com o coração disparado
Continuei meu caminho
Pelas ruas escuras
Caminhava sozinho.

Um farol alto na esquina
Fui apresando os passos
Em questão de segundo
Tomei um enquadro.

A minha sorte confesso
Foi uma dona Maria
Que acordou a vizinhança
E salvou minha vida.

Era a R.O.T.A meu chapa
Com varias perguntas
Sabemos como é
Borrachada e bicudas.

Quantas vezes na madruga
Levei tapa na cara
Sem dever, sem fazer
Absolutamente nada.

São perguntas que machucam
Humilha-te sem perdão
Na calada da noite
Bate forte o coração.

Vinha caminhando sozinho
Pelas ruas escuras
E confesso vim rezando
Pra não trombar uma viatura.

Fuzzil

Um comentário:

Ni Brisant disse...

Salve Fuzzil,
Parabéns pelo blog.
Mor satisfação acompanhar seu trampo. Avante!!