terça-feira, 2 de dezembro de 2008

GRANDE OTELO


Sebastião Bernardes de Souza Prata não era carioca, como muitos podem imaginar.
Era mineiro, nascido em Uberlândia, em 1915.
Ganhou o sobrenome da família que o educou - Prata - até que ele resolvesse se aventurar no Rio de Janeiro e em São Paulo em busca de sua vocação: ser ator.
Na Ópera Nacional, onde estudou, ganhou dos colegas o apelido de Pequeno Otelo.
Ele preferiu e se auto-entitulou The Great Otelo, mais tarde abrasileirado e dando a ele o nome pelo qual se tornaria conhecido: Grande Otelo.
Assim começou a carreira de um dos maiores atores brasileiros, que passou pelos palcos dos cassinos e dos grandes shows das mais importantes casas noturnas do Rio.
Passou também pelo teatro, pelo cinema e pela televisão, deixando sempre a lembrança de personagens marcantes.
Sua principal atividade foi o cinema.
Apareceu pela primeira vez na tela em Noites Cariocas, em 1935.
Trabalhou em alguns filmes conhecidos como Futebol e Família (39) e Laranja da China (40), conseguindo fama suficiente para ser chamado para trabalhar no primeiro filme produzido pela Atlântida: Moleque Tião, de 1943.
O sucesso se consolidou ao formar dupla com outro grande mito do cinema nacional: Oscarito. Juntos, participaram de mais de dez chanchadas como Carnaval no Fogo, Aviso aos Navegantes e Matar ou Correr.
Mas ele não era apenas comediante.
Como ator dramático, marcou presença em vários filmes, dentre os quais Lúcio Flávio - Passageiro da Agonia e Rio, Zona Norte.
Grande Otelo morreu de enfarte ao desembarcar em Paris, às vésperas de seus 78 anos, a caminho do Festival dos Três Continentes, em Nantes, onde seria homenageado.

GRANDE OTELO

Grande Otelo, pseudônimo de Sebastião Bernardes de Souza Prata (18 de outubro de 1915, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil - 26 de novembro de 1993, Paris, França).
Ator, cantor e compositor brasileiro.
Grande artista de cassinos cariocas, participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre os quais as famosas comédias nos anos 50 que estrelou em parceria com o cômico Oscarito e a versão cinematográfica de Macunaíma, realizada em 1969.
Conheceu Orson Welles quando este veio filmar no Brasil, na década de 40.
O grande ator e diretor norte-americano considerava Grande Otelo como o maior ator brasileiro.

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