quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cruz e Souza


De dentro da senzala escura e lamacenta
Aonde o infeliz
De lágrimas em fel, de ódio se alimenta
Tornando meretriz

A alma que ele tinha, ovante, imaculada
Alegre e sem rancor,
Porém que foi aos poucos sendo transformada
Aos vivos do estertor…

De dentro da senzala
Aonde o crime é rei, e a dor -- crânios abala
Em ímpeto ferino;

Não pode sair, não,
Um homem de trabalho, um senso, uma razão…
e sim um assassino!

Nenhum comentário: