quarta-feira, 9 de abril de 2008

CARENCIA SP

Por: Germano Gonçalves Arrudas

Como posso te amar?
Desconheço tua grandeza.
Não existe, para mim,
Ibirapuera, cidade jardim.
Teu chão piso em ilusão.
População sedentária.
Meninos e meninas.
Senhores e senhoras,
Que vivem de histórias.
Rua Augusta, Consolação.
Andar até, praça da sé.
Já com certa idade,
Conhecer a liberdade.
Periferia fora do palco.
Como posso te amar?
Se todos dizem:
- É ilusão, conhecer, Avenida São João.
Amando-te pela emoção,
do que só se vê pela televisão.
Como posso te amar?
Se não a como percorrer.
Praças e monumentos, museus e cinemas.
Fazer poema lá em Moema.
No meu sentimento de inquietação.
Ficar observando sem compreensão.
Da periferia, para avenida paulista.
Desde criança, provar da sua magia.
Da minha mente apagar esta utopia.
E que um dia, hei de te conhecer.
Ver um novo amanhecer,
Passear no viaduto do chá.
E minha pessoa conhecer você.
Passear entre suas entranhas
E não ser mais pessoa estranha.

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