quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Soneto do perigo

Afasta de mim teu encanto
Liberta-me do teu desejo
Minh’alma padece, vivo, canto.
Se olho para ti – me vejo.

Se a vejo, não dá, sorrio
É mágico isso, “não explico”.
Uma unção que dispara arrepio.
Se não disser pra que vá, eu fico.

Se disser pra que eu fique - eu amo.
No íntimo segredo, desejo.
Quanto mais se afasta a chamo.

Quanto mais aproxima – destino.
Se quiser se amada, avisa,
Para que não seja poesia, última.



Marcio Vidal Marinho

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